A Mochila

Imagine que cada pessoa nasce carregando uma mochila invisível 🎒. Dentro dela colocamos nossos sonhos, talentos e escolhas. Mas, junto com isso, também carregamos alguns objetos que nossos pais, avós e bisavós nos entregaram — histórias, dores, crenças e até segredos.

Por amor, muitas vezes aceitamos carregar coisas que nem são nossas. É como se a avó dissesse: “Eu sofri tanto na pobreza, leve essa pedra para nunca esquecer do nosso esforço”. Ou como se o pai dissesse: “Relacionamento é difícil, aqui está esse peso para você não esperar demais do amor”.

E lá vamos nós, andando com uma mochila cada vez mais pesada. Às vezes, sem nem perceber, continuamos carregando pedras que não nos pertencem, apenas porque queremos mostrar que somos leais à família.

A lealdade familiar é exatamente isso: um amor tão profundo que nos faz carregar dores antigas para não deixar ninguém para trás. Mas chega um momento em que percebemos que honrar não é carregar o peso. É agradecer pela história e escolher caminhar com a nossa própria bagagem.